domingo, 25 de setembro de 2005

Sigo a vida e meus sonhos.
Somos utópicos ao acreditar no futuro.
Prefiro ser racional.
Preferimos o que temos vontade.
Radical até me convencerem do contrário.
A rotina nos puxa pelo pé e nos arrasta.
Apaixonada por todas as pessoas que fazem parte da minha vida.
Conseguimos nos divertir em situações péssimas.
Pensamos em nos matar.
Somos muito medrosos.
O medo me faz sentir viva.
A dor faz eu me sentir viva.

sábado, 17 de setembro de 2005

Chuva infinita

Entrou na casa e parou de sentir os inesgotáveis pingos de chuva que o céu derramava pesadamente. Estava ensopada. Enrolou-se na toalha que estava por perto e não mais tremia de frio. Virou-se para a janela e contemplou a água que caía, atravessava as árvores e inundava a grama. O rosto, já seco, umidece-se novamente pelas lágrimas de solidão. Não entendia o rumo que sua vida estava tomando, perdera controle da situação. Agora, apenas deixava-se levar, tomava decisões instantâneas sem pensar eou se preocupar muito com o que aconteceria depois. Não sabia ao certo se o resultado de tudo isso era bom. Sentia o frio da casa vazia, das roupas molhadas, da chuva que entristecia a noite, da falta de alguém do seu lado. Uma mão pesada pousou sobre seu ombro úmido. Fechou os olhos e virou-se. Ele a abraçou muito forte e falou ao seu ouvido que a amava, mas que tinha que partir. Minutos depois ele a beijou e partiu sem previsão de voltar.