sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

mensagem enviada ao Detran/PR

Olá!
Meu nome é Monique Rau, tenho 20 anos e sou estudante de engenharia da Produção Civil na UTFPR. Gostaria de expressar aqui meu sentimento de revolta e impotência perante os orgãos públicos, principalmente aos relacionados ao trânsito.
Apesar de ser motorista a pouco mais de dois, já pude presenciar fatos que me indignaram. Posso dizer que sou uma motorista defensiva, sou daquelas que coloco em prática tudo o que aprendi nas aulas teóricas da auto-escola e sempre insisto para que as pessoas que eu conheço façam o mesmo.
Vou, primeiramente, expor o acontecimento que me levou a escrever esta mensagem. Precisava ir até o centro hoje pega um visto para uma viagem que farei no dia 26 de Dezembro. Amanhã eu vou viajar para a casa da minha vó passar o Natal com a minha família e de lá vou direto para o exterior, retornando apenas no começo de Março. Por volta de 11:30 saí de casa unicamente para pegar o visto na Rua XV. Após rodar várias quadras procurando alguma vaga disponível, consegui estacionar o carro na André de Barros, distante 8 quadras do local que eu precisava ir. Enquanto procurava vagas, vi inúmeros carros estacionados em locais proibidos, tais como: próprio para motos, embarque e desembarque, exclusivo para veículos oficiais, pontos de taxi, carga e descarga etc. Estacionei, comprei um estar por R$1,20 - porque nunca encontro nenhum guarda de trânsito para comprar pelo preço oficial - e saí. Retornei após 20 minutos (15 de caminhada e 5 para resolver o que eu precisava) e encontrei em meu carro um aviso de notificação. Há dois meses atrás uma história muito similar a essa aconteceu comigo, o aviso de notificação dizia que o horário do cartão estava errado. Mesmo me sentindo extremamente injustiçada (pois o meu relógio é 10 minutos adiantado e recebi a advertência mesmo utilizando muito menos do que a uma hora do cartão), paguei os R$7,50 e resolvi não recorrer pois aquela história toda já havia me trazido muito transtorno. Porém, dessa vez a notificação era da ausência do número da placa no cartão do Estar. Com toda a confusão do trânsito e a pressa em resolver logo minha pendência e retornar para casa, havia esquecido de preencher a lacuna de identificação da placa. Sei que isso foi erro meu, que eu deveria preencher o cartão corretamente, mas parei e comecei a pensar na importância desse campo do cartão: eu poderia utilizar menos do que a uma hora da qual tenho direito e repassar o cartão para outra pessoa, com outro carro utilizar o resto do tempo estacionado com o mesmo cartão. O que decidi fazer então foi procurar uma guarda para mostrar que eu não iria dar o cartão para ninguém e que ela poderia retirar a notificação. O horário do início do cartão era 12:00 e ainda eram 12:30, dessa forma conseguiria comprovar que apenas o meu carro utilizou o cartão. Demorei muito para encontrar a oficial responsável e supliquei para que ela entendesse minha situação e fosse maleável. Ela me disse que também não concorda com diversas regras, que gostaria de poder me ajudar, mas que se o superior dela soubesse, ela que seria prejudicada. É sempre a mesma história: "não posso fazer ada por você, as ordens vem de cima e eu tenho que cumprir". Ninguém nunca pode ajudar ninguém, ONDE ESTÁ O RESPONSÁVEL? Posso então falar com o seu superior e pedir pra ele me ajudar? Todos os profissionais têm autonomia para tomar certas decisões que lhes parecem cabíveia à algumas situações, mas eles não o fazem - não sei se por medo ou por pura comodidade. Tenho certeza que se eu fosse alguém de destaque, parente de alguém importante, ela daria um jeito (sempre há um jeito) de cancelar a notificação. Mas aqui no Brasil as coisas funcionam assim: a lei não cabe à todos, sempre tem os que se safam dela.
Resolvi ir direto na URBS da rodoviária, tentar procurar alguém que pudesse fazer alguma coisa. O que eu encontrei foi o desfecho mais inesperado da minha história, e serviu apenas para me indignar mais: estava fechada! É tipico do serviço público, eles sabem que precisamos deles, portanto não estão nem aí para ajudar os outros, "eles que venham até nós quando nós pudermos". Eu estudo em uma universidade pública e tenho muito contato com serviçoes do governo e posso falar com toda convicção que são poucos os que realmente querem te ajudar. A maioria te vê como um PROBLEMA e não como um cliente. Apesar de ser gratuito, somos clientes dos serviços públicos e temos todo o direito de sermos bem atendidos. Eu, e todos os cidadões de curitiba, sabemos que existem diversas pessoas fazendo coisas erradas no trânsito o tempo todo (furando sinal, buzinando por coisas inúteis, estacionando em locais proibidos, fazendo conversões proibidas...) e nada acontece com elas: onde está a fiscalização nessas horas? Sabemos também que o roubo de carros e furto de pertences que estã no interior do carro aumenta a cada dia : onde está a fiscalização? Acidentes de trânsito que matam inocentes porque o motorista de um veículo estava bêbado, não possuía habilitação ou porque é imprudente, mas onde está a fiscalização para isso? Não é justo os inocentes SEMPRE pagarem pelos culpados. Tem de haver uma tolerância aos que cometem pequenos deslizes que não causam dano algum. É preciso localizar os reais focos de imprudência que possa vir a perturbar o bom funcionamento da cidade.
O que se percebe é que os funcionários públicos têm uma imensa má vontade de ajudar o povo, com raras exeções (que me desculpem pela mensagem ligeiramente grosseira).
Aguardo um posicionamento de vocês.
Atenciosamente,
Monique Rau

sábado, 2 de dezembro de 2006

gelo?

- Uma Coca-Cola e um copo com limão e gelo, por favor.
Não adianta tentar ser educado nessas horas, seu idiota. Gelo? Por favor, porque você insiste em tomar as coisas com gelo?? É uma água dura que vai derreter na sua bebida e deixar tudo aguado e sem gosto. Além de dar doenças. Além de tirar um volume que poderia ser ocupado com o líquido pelo qual você está pagando. E caro. Você bebe as coisas sem gosto só pra ficar doente, você acha isso legal?
- Ow, por favor, você pode levar esse prato e colocar mais azeite de oliva?
AAAhhhh, como ele era chatoo! Já tinha me arrependido de estar ali. Não podia simplismente sair xingando ele assim, logo de cara, mas já via que aquilo não ia ter futuro. Além de pedir copo om gelo, a bebida dele era uma Coca-cola, seu nojento. E ficava enchendo o saco dos gançons, se achando o educado! Sorria, não podia deixar tranparecer minha indginação, mas minha vontade era de sair correndo dali, sem antes, é claro, jogar aquele copo com o líquido negro e a água em estado transformado na cara dele. É claro que agora o garçom ia ser obrigado a levar nossa massa, que estava deliciosa - e com uma quantidade suficiente de azeite de oliva - e guspir nela. Era quase uma lei entre os gançons.
- Você não vai beber nada?
Ele falava com um esboço de sorisso no canto da boca que me irritava. Pessoas que tentavam ser super educadas me irritavam. Pessoas que bebiam Coca-Cola, COM GELO, me irritavam mais ainda. Estava me sentindo mal ali. Já tinha esquecido como era um primeiro encontro - um saco! Mas continuaria ali, fingindo estar feliz, até o fim. Quem manda ser boba de aceitar sair com o prmeiro cara que te convida. Também, esses pedidos eram raros, e parecia que ele até gostava de mim. A maioria dos caras que me convidavam pra sair tinham pena. Sei lá, sei que não estou na minha melhor forma física, minha pele tá feia e meu corte de cabelo não combina com o formato do meu rosto. E mesmo assim o cara na minha frente, que estava ingerindo sua gripe pela taça de cristal (ou alguma imitação, unca sabia distinguir) sorria para mim e me dizia coisas alegres. Ou ele fingia muito bem que tinha alguma interesse, ou ele realmente tinha....
- Você pode trazer a conta, por favor?

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

política

Eu não queria falar nada!
Juro que tentei me segurar!
aguentei bem até agora, so far so good...
Mas não deu mais pra aguentar, vou ter que tecer alguns comentários particulares sobre esse tema tão polêmico, do qual as pessoas (em especial eu) não aguentam mais ouvir.
Seja na televisão, no rádio, em panfletos, na rua, na chuva ou numa casinha de sapê, só se fala nisso, ui!
Meu blog está desatualizado por ainda não ter nenhuma discussão a favor daquele, ou metendo o pau neste...
Não estou aqui para julgar ninguém. Muito menos alguém que eu nem sequer conheço pessoalmente. Mas estou aqui para emitir minha sincera e humilde opinião:
CHEGA DE FALAR SOBRE ESSA MERDA DE POLÍTICA!
Porque você, cidadão de respeito, universitário, executivo, trabalhadro honesto, dona de casa, alfaiate, embrulhador de supermercado, seja lá como você utiliza seu tempo, gasta o que sobra dele para defender ou xingar um cara que nem sabe da tua existência.
Ainda vá lá se o cara for teu parente ou ainda se você tem certeza que vai conseguir aquele aumento, aquela promoção de cargo se o fulaninho vencer as eleições. Mas se não for nenhum desses seu caso, desista.
Se você que bater um papo, fazer alguns comentário sobre tal candidato, vá em frente, mas defender fervorosamente o aspirante a presidência do país já é quase um atestado de burrice!
Primeiro que todo mundo sabe que o presidente, hoje em dia, é uma figura quase monárquica (coloquei o quase para não causar tanto alvoroço), ou seja, ele é apenas representativo, mas não é ele quem manda! Os caras que tão no poder junto é que realmente decidem, e se o rei, digo, presidente não acietar determinadas decisões dos seus companheiros, ele certamente sofrerá as consequencias (CPI´s abertas, "escândalos" denunciados, "roubos" flagrados...).
Em segundo lugar, não vai fazer diferença qual o cara que tá lá no alto, o que importa mesmo é a equipe que ele vai (ter que) formar. Isso é uma coisa a ser analisada, a equipe do cara. Mas isso também não tem como saber de antemão, portanto é votar e começar a rezar.
Sei que não sou a pessoa mais indicada para falar nada sobre política, porque além de não saber muita coisa e nem querer saber muito mais, meu voto é sempre nulo. Sempre.
Quando tirei meu título ahei que fosse revolucionar as urnas. Estudei, assisti os horários políticos (chatíssimos, diga-se de passagem), analisei as propostas dos candidatos, acompanhei debates, procurei me interar conversando com as pessoas sobre o assunto e votei. Votei achando que o mundo tinha mudado quando ouvi o barulinho da urna eletrônica avisando que meu voto havia sido confirmado. Não dá mais pra voltar atrás. Mas eu sabia que tinha votado certo. Puff. Que grande engano. Comecei a perceber certas coisas e formar certas opiniões ainda muito criticadas pelos amigos e conhecidos. Mas agora já faz parte de mim. Percebo mais e mais fatos que atestam minhas suspeitas (de forma sutil, claro). Mas são só suspeitas. Estou sempre aperfeiçoando e reformulando algumas idéias, mas para esse post meu pensamento é exatamente esse axposto acima.
E chega de discutir política.
Que venha o segundo turno



NULO
NULO
NULO
NULO
NULO
NULO

domingo, 24 de setembro de 2006

VOZEARIA - Festival de Bandas Universitárias


O primeiro dia do Vozearia foi um sucesso!! 11 bandas tocaram e todas apavoraram MUITO! Agora na Dominguera vai ter a segunda parte com mais 12 bandas ALUCINANTES.
Apareçam e prestigiem um pouco da cultura universitária curitibana, que anda meio esquecida pelo pessoal dessa idade, aliás, pelo pessoal de todas as idades de nossa cidade "centro de referência cultural nacionalmente reconhecida". Blé.... Mentiiira! Só se for da cultura em massa, da cultura POP, da cultura holywoodiana, da cultura PODRE! A cena alternativa da nossa cidade ainda está desconhecida, apesar de terem coisas FODA, melhor que muito Los Hermanos por aí!
Portanto, prestigiem algumas dessas bandas, que passaram por uma seleção de 75 bandas, onde só 25 puderam ser escolhidas e só 23 delas tocaram realmente.
Até lá! (estarei ao lado do palco, de camiseta laranja).

terça-feira, 12 de setembro de 2006

University of Unknown

A cada dia que passa percebo que não sei o que quero fazer quado crescer. A faculdade me parece desinteressante, não tenho vontade de saber aquilo, de trabalhar com aquilo nem mesmo de entender qualquer coisa sobre aquilo. Quero fazer outra coisa que ainda não sei qual é. Minhas opções de vestibular são: arquitetura na Federal, artes gráficas no Cefet, desenho industrial na Puc, artes visuais na Fap, Relações internacionais na Curitiba, Ciências contábeis na Fae, filosofia na Unicenp e nada em nenhuma das outras.
Tem tanta informação solta por aí e isso confunde minha cabeça. Quero saber tudo, mas não tenho vontade de estudar nada. Tudo me parece interessante, até o momento que eu começo a estudar aquilo, daí perde a graça. O desconhecido me atrai, o inexplorável me facina. Isso acontece com todos, desde sempre. Ninguém está satisfeito.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Absolutamente gigante

If only we believed that tomorow will be bigger than today. If only we could trust ourselfs and know that we could do better. If only we believe that we can change somethings. We never know how the story is going to end. But we know how to start it. Because nothing starts without a beggining.

If it was easy, there would be no fun at all.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Anos Dourados

É só colocar uma música antiga, um filme que tenha uma cena que me traga recordações ou qualquer outro resquício do que sobrou na minha memória que eu começo a sentir meu estômago amortecido. As lembranças trazem a nostalgia, que me fazem ter vontade de correr pelas ruas, de pijama, encontrar todas as pessoas que dedicaram dias seus para mim, ou com as quais eu passei minhas horas do dia, rindo, amando, chorando, conversando, estudando, e abraçá-las, numa tentativa inútil de suprir minha saudades de fatos que nunca voltarão. O passado sempre parece mais feliz que o presente. Não sei se isso é uma impressão só minha ou é um sentimento comum à todos.
Que vontade de estar na festinha americana, esperando o menino mais bonitinho do colégio me tirar para dançar, enquanto o Phill Colins lamenta-se na k7. Como queria passar meus dias fazendo coisas que gosto, com pessoas que amo, sem me preocupar com nada mais do que uma prova de ciências na semana seguinte. O que mais me incomoda nisso tudo é a incerteza de ter aproveitado ao máximo esses tempos bons.
Normalmente esses pensamentos se tornam parasitas temporários da minha mente na época do meu aniversário, ou próximo ao ano novo. Mas desta vez não é o caso.
Quero ter 15 anos de volta!

E a vida só tende a piorar...

domingo, 11 de junho de 2006

sozinha

Acordei com uma puta dor de cabeça. 3h da tarde. Peguei um pedaço do frango de ontem na geladeira e comi, gelado, de ontem. Não consegui comer tudo. Tinha um gosto de alguma coisa estragada, não sabia se era o frango ou a minha boca. Escovei os dentes. Não tinha vontade de fazer absolutamente nada. Coloquei uma roupa e fui dar uma volta. Estava sozinha. Me senti abandonada em um mundo de gente. Um mundo gigantesco, mas não tinha ninguém pra me abraçar naquele momento. Tava frio, muito frio, percebi que não tinha me agasalhado direito. Tava com fome, mas não queria comer sozinha. É triste comer sozinha. Uns 4 filmes bons passando no cinema, mas não queria ir sozinha. Que merda, onde tá todo mundo? Onde tá alguém? Um pássaro morto no asfalto, nojento. Lembrei do frango duro e frio /ui/. O pássaro tava ali, morto, sozinho. Vários pássaros voando, mas nenhum dava a mínima praquele ali, morto. Nenhum se importou. Porra, alguém dê atenção pra ele. Talvez ele tenha morrido de solidão, é possível isso? Se fosse, eu tava prestes a morrer, ali mesmo. Droga de frio. Continuei andando. Andei muito, pensando na vida. Merecia essa solidão. Pessoas são sozinhas no mundo. Na verdade ninguém tem ninguém. E ninguém é de ninguém.
Mas eu sou só sua.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

músicas

É incrível o tanto de estilo musical novo que sai por aí. Qualquer um faz uma música nova e inventa que ela é funk-pop-sertanejo. E isso quando não dão nomes novos para essa micelânia de baboseira. Não importa que tipo de música que é, inclua ela em um dos seis grandes grupos: rock, pop, rap, sertanejo, samba e funk.

Se a letra for ruim, a voz do cara que canta for péssima e o arranjo instrumental for pior ainda (aquele ritmozinho que qualquer um faz no computador ou em um teclado qualquer), então é funk.

Se o cara canta bem, o ritmo é animado, dá vontade de dançar e os instrumentos forem bem brasileiros, coisas simples, então é samba.

Se a letra de 5 músicas da banda falarem quase sempre sobre a mesma coisa (amor, saudade e cornisse), repetirem o refrão 4 vezes ou mais, os caras que cantam parece que tem um palito (sendo generosa) atravessado na garganta, então é sertanejo.

Se os caras que cantam são negros (ou queriam ser negros), usam bonés tunados e calças com o gancho no joelho - ou abaixo, as letras forem normalmente sobre problemas sociais, então é rap.

Se a música é (ou foi) tema de novela da globo, não pára de tocar na rádio, tem uma letra fácil de decorar e uma melodia gostosinha de ouvir e quem canta está sempre bem arrumado, seguindo tendências da moda atual e faz propagandas pra capricho, então é pop.

Se a guitarra e a bateria forem o principal do arranjo instrumental, se os cantores gostam de mostrar que tem atitude, e se a música ainda não se encaixou em nenhum dos estilos acima descritos, então é rock.




Mas o pior mesmo, são esses novos nomezinhos que inventam para cada música nova que é criada.

Reggaeton é um funk querendo ser rap, cantado por um latino (não O latino, um latino);
Emocore é um sertanejo querendo ser hardcore, cantado por um chorão (não O chorão, um chorão);
Pagode é um samba que não quer ser nada, tocado por quem não sabe tocar e cantado por quem não sabe cantar;
Indie é um rock melódico que não quer ser pop DE JEITO NENHUM, cantado por um metrosexual com roupas muito justas (que redundância!).

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ps.: o post acima contém informações querendo ser apenas engraçadas. Nada mais que isso. Elas não expressam (na íntegra) a opinião sincera da autora. Grata pela compreensão.

quinta-feira, 13 de abril de 2006

Dona Delmira delicadamente deitou dois diamantes debaixo da dispensa. Doméstica de disfarce, desviava dados, documentos, depois desaparecia. Dedicava dias desenrolando dolares, dinheiro de donos desengandos. Desembarcou domingo diante de Dublin: diferente, desconhecida. Dias depois deparou-se desempregada, desquitada, desanimada, dessesperada. Dançou, descontrolou-se, drogou-se desperdiçando diversos dólares. Devia dinheiro demais. Determinado dia desapareceu. Doze devedores desarticularam dona Delmira. Desistiu dessa diária de delinquente. Dezembro datou: datilógrafa do desembargador diretor da Dinamarca. Definitivamente dizia-se determinada demais. Demontrou-se deploravelmente decrépita, demasiadamente decadente. Descobriu descender do decano de determinada doutrina desconhecida. Desarticulou-se diante do dinheiro deixado do defunto descoberto. Dinheiro demais. Desapareceu divinamente e nunca mais foi vista.

quarta-feira, 29 de março de 2006


Não é montagem! É a embalagem de uma meia, que eu TIVE que comprar...





Sem mais nada para acrescentar

segunda-feira, 20 de março de 2006

Depressão fudida

Não quero estar aqui, nenhuma vontade de ir pra lá, ali me parece chato, tudo é insuportável, não to com vontade de fazer nada, aquilo me parece entediante, as paredes são feias e claras demais, o dia está muito ensolarado e isso me irrita, quero correr, mas não to com o mínimo saco pra isso, não prefiro estar em nenhum outro lugar, não desejo fazer porra nenhuma, não sei o que me falta. Parece que falta tudo em mim, tudo dentro de mim está vazio, sem vida. Odeio o que faço e odeio mais ainda o que não faço. A continuação do que não existe continua, dentro da minha cabeça a dor continua, dentro do meu coração a dor é insuportável. Não quero comer, não quero estudar, não quero passear, não quero dormir, não quero conversar, não quero sair, não quero ler, não quero assistir, não quero caminhar, não quero nadar, não quero escrever, não quero sentar, não quero digitar, não quero olhar, não quero pintar, não quero deitar, não quero sonhar, não quero limpar, não quero abrir, não quero cozinhar, não quero varrer, não quero gravar, não quero tocar, não quero ligar, não quero chamar, não quero ouvir, não quero entender, não quero correr, não quero beijar, não quero foder, não quero piscar, não quero subir, não quero descer, não quero tirar, não quero trocar, não quero cantar, não quero fechar, não quer aprender, não quero ensinar, não quero almoçar, não quero argumentar, não quero mecher, não quero escovar, não quero respirar, não quero viver!

sábado, 18 de março de 2006

Abriu a geladeira e pensou no que faria naquela noite. Jurava que não sabia porque fazia aquilo sempre, ele não sentia fome alguma. Porém a fraca iluminação do eletrodméstco com a porta entreaberta criava na cozinha escura um clima âmbar agradável. O friozinho que vinha de dentr dela fazia-o sentir-se bem. Gostava do frio. E aquela cidade era demasiadamente quente, por vezes até sentia-se mal. Deveria ter escolhido uma faculdade mais ao sul, São Paulo, quem sabe Curitiba.
Nesse momento, com os pêlos do braço arrepados pela diminuição da temperatura do seu corpo, com o olhar fix na caixa de leite desnatado (não suportava qualquer outro tipo!) mal iluminada, pensou nela. Se tivesse ido morar em outro lugar qualquer, não teria conhecido ela. Nem ele. Então relembrou-se do motivo que o levara até ali. Ela não sabia da existência dele, nem ele a dela. Deveria contar? Os dois, com certeza, o fariam escolher, mas ele não conseguia. Amava muito ele. Amava muito ela. De maneiras diferentes. E não queria mais mentir, já levara essa situação assim por muito tempo. Contaria. Na primeira oportunidade (...)
O telefone tocou e lembru-se de piscar. Os olhos secos e já vermelhos ainda estava fixos no leite, embora ele nem notara. Fechou a geladeira e atendeu. Era ele. Perguntava o que estava fazendo e convidara-o para sair. Falou que não podia e que tinha que conversar "tenho uma coisa que preciso te contar, e tem que ser agora!". Foi direto ao assunto e contou tudo. Sem ter dado tempo para o outro ter alguma reação falou que precisava desligar. E ligou para ela. Disse toda a verdade do que acontecera nos últimos meses e que ainda estava acontecendo: "não espero que vc entenda nem aceite. Só queria que você soubesse que te amo muito. Tchau".

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

pessoas

Cada pessoa que já entrou em algum momento da minha vida tem um papel importate. As pessoas com as quais em convivi tem um papel indispensável pra mim. Mamãe por ter me gerado e me educado. Papai pela imensaa paciência e por ter me ensinado a amarrar meus tênis. Carina por seu exemplo (não tão bom exemplo assim..) de irmã mais velha e ainda me ensinou muito com sua super inteligência - apesar da falta de paciência. Daniela por ser tão meiga, sempre queria ser igual a ela, me ensinou que eu era muito mimada (será que ainda sou?) e isso gerava inúmeras brigas... coisa de irmã! Mariana Guetter pelas risadas, muitas risadas, sempre simples, emprestava seus super brinquedos chiques pra todo mundo, e me ajudava a estudar, com seu jeito responsável e dedicado de ser. Ketlyn por falar tanto, me dar tantos conselhos, ser tão alheia ao mundo externo, nunca se irrita com nada, e cheia das lições de vida. Gi pelos seus ensinamentos, pela sua vida que serve de exemplo, vai atrás do que quer e sempre consegue, por ser a pessoa que eu mais me orgulho - essa é minha amiga! Danielle por me entender, por me mostrar que a vida não é só racional, por ficar do meu lado sempre, por me mostrar como eu posso melhorar e não apenas me criticar. Larissa por ser tão parecida comigo, explosiva, inquieta, sempre fazendo festas mas ao mesmo tempo responsável, ensina que a vida é pra ser vivida, sem enrolações. Fernanda por sua imensa paciência, por ser a pessoas menos intrigueira, menos briguenta, por ter sido compania nas melhores viagens do mundoo: noronha e disney, quando to com ela me sinto calma, por gostar dos meus programas alternativos e de all star tbm! Luisa por estar sempre tão por fora, mas sempre por dentro, é a mais compreensível, a que mais fica do lado dos pobres e oprmidos, super querida, super meiga e sempre com as musiquinhas e frases que saem do nadaa e são muito excelentes! A adri por ter umas coisas MUITO engraçadas, que só o jeito dela me faz rir tanto. Por ser atleticana, por ser parenta do Sameck, hahaha, por ser super companheira e conselheira. Por tar a mil anos em Londress deixando muita gente aqui com saudades! O elbis por ser tão parcerinho, por cursar o curso mais massa de todos, por ser todo cheio das ropas massa, por ser tão querido, tão amigo, tão excelente pra dar umas risadas com ele. Luciana por ser a lucillene tão fofa e a melhor pessoa de abraçar do mundoo, por querer sempre saber de todas as fofocas, mas ao mesmo tempo ser confiável, uma pessoa pra conversar, trocar uma idéia, principalmente parceríssima de saídas e baladas, e por ser tão cagoninha e usar piercings de mentira! Re por ser tão preocupada com os outros, por ser sempre organizar nssas saídas, nossas viagens e tudo mais, por ser tão engraçada, por ser sempre amiga da galera e apaziguar tudo e por ser tão mentirozinha (sr. fioravante vai ficar na memória). Rafa por ser a mais que fala bestera de todasss, pra baixar o nível óh! por ser tão alegre, por mais que esteja morrendo por dentro ela tá feliz, tá sorindo, falando besteiras e piadas. Flá por ser tão meigaa e queridaaa, está sempre tão lindinhaa e cm a sua mania de organização, de miojos de três minutos cronometrados, por sempre arrumar tudo, por nunca beber e sempre cuidar da galera, tão responsável!! A jú do prédio velho por ser a mais na dela. por ter buchechas grandes e ser tão querida. Ela é uma pessoa ótima pra conversar e pra rir das histórias. sempre sabe das fofocas do bairro e me deixa a par das novidades, por mais que eu vejo ela uma vez por ano! A day por ser super festeira, sempre topar tudo, com ela não tem tempo ruim. a que tem mais roupas do mundooo todo, mas acho que não tem ninguém que nunca tenha usado alguma roupa dela. O luiz henrique por ser o piá que tira muito sarro da minha cara quando tá com a galera, mas que conversa sério e dá mil conselhos quando tá só nós dois. por tar sempre sem grana mas ter o pai mais magnata da galera! O dé por sempre me acalmar, sempre me ensinar que tem um jeito mais fácil de fazer as coisas, e que empre vai dar tempo. quando to com ele não penso em mais nada, é a única pessoa que consegue me acalmar tão facilmente quanto consegue me irritar! sempre tá do meu lado me apoiando em tudo. O fanti por ser o mais meigo e que lava a louça nos churras e festas. Por ser filho ta tia xanete e por sempre roubar meu relógio!!! O feijão por sumir do nada as vezes, mas sempre tá igual quando volta. ele já fez fe tudo nessa vida (tudo mesmo...), tem muita coisa pra ensinar! nunca tem grana, mas quando tem paga a conta de todo mundo! O miguel por sempre esquecer do U, por ter piadas excelentess do nada, por ser tão espontâneo, tão querido, tão responsável. Por nunca querer ferrar com ninguém, sempre tá ajudando a galera. O Mineroo por tar tão longe e eu sentir tanta falta dele!! por ser o que mais tira com a minha cara, mas o mais fofo. por ter a mãe mais parcera, por ser tão zonero, por tar nem aí pra estudar e ganhar grana, por sempre fazer as perguntas mais nada a vê no meio da aula, por ser tão engraçado, sempre tá divertindo todo mundo que tá em volta dele! O cunha por ser o mais forte, moreno e sarado, mas que na real é o mais quietinho, o mais na dele, o que sempre tá susse e alheio as coisas. O fidido por ser namo da day e por fazer ela tão feliz! por ter mudado tantoo e por ser o que mais tira sarro da cara de todos! O lipe por ser o LB, o que mais bebe, o mais sedentário e boêmio, mas ao mesmo tempo o que apavora nas notas e tal. Por ser tão engraçado, ter um jeito que só ele pode ter, tirar sarro de tudo, ser tão engraçado. O José por ser tão inteligente, por saber a história do mundoo todo tão bem, e ter a paciência pra tentar fazer eu aprender alguma coisa de história! Por ser tão responsável, organizado e enrolado, por ter me apresentado ao hardcore, por ter tantos cedês originais, tantos livros massa, ser tão culto! O pedro por ser tão chatoo, sempre com seus cu doces, hahaha mas na real ser um amigo tão massa que eu sempre fico me lamentando e contando minhas coisas. Por se tão preocupdinho com notas também. O rodrigo por seus comentários excelentesss! adoro quando ele começa com suas analogias, suas pirações, por ser tão criativo nos seus chaveiros e por pintar o cabelo de azul!! O marcos por sua inteligência e responsabilidade, que com um pouco de alcool se transforma em cagadas e festa. por sempre baixar em todas as meninas quando tá bêbado mas na real ficar pagando pau pra uma só. Por sempre pensar besteira de qualquer, eu disse qualquer, coisa que eu fale! O bruno por ser parceríssimo de truco e por ter suas frasezinhs muito engraçadas, e é claro, por tar sempre muito por dentro dos esquemas de cola! O Xu por ter o menos nome do mundo dos noems que eu conheço, por ser tão querido comigo, por ter deixado eu pintar o cabelo dele, por ser chinês, por ser super companheiro e por jogar ping-pong tão bem. O maranhão por ser tão responsável, por ser tão prestativo com os amigos que não fizeram os trabalhos e tal, por curtir system e por ser tão altoo!O Peters por ser tão calmo, tão amigo pra conversas, ficar ouvindo minhas lamentações, por ser tão engraçado. O José (leia rossê) por ser tão parceiro de ir beber nuns bareszinhos, por ser todo responsável mas fazer matérias do primeiro período na facul, haha, por ser tão querido e cheio de conselhos e lições pra vida e tal. Por ter me mostrado o reggueton e ser todo empolgado com as histórias e culturas do seu país. Por gostar tanto de Bleatles. E mais um milhão de pessoas que passaram pela minha vida e que tem muita importância por vários motivos. Cada uma delas me ensinou um pouco e moldaram a personalidade que tenho hoje. Amigos antigos ou amigos de agora, loiros, feios, orelhudo, magros, baixos, de cabelo azul ou vermelho, olhos verdes, altos, gordos, de óculos, carecas, narigudos, morenos, olhos castanhos ou azuis, lindos, branquelos, cabeludos, ruivos, chineses, solteiros, alternativos, grisalhos, caipiras, casados, estranhos, hipocondríacos, hippies, cabelos lisos ou pixaim, cabeçudos, de orelhas pequnas, tatuado... tem de tudo. Obrigada por terem feito o que eu sou agora.

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Monique Rau

Procurei meu nome hoje no Google... Encontrei uma outra Monique Rau no mundo. Na Alemanha, naturalmente! Parece que é uma dançarina de algum tipo de dança meio folclórica, uma dança típica de alguma cidade. Não sei direito. Não consegui entender nada daquele site. Alemão me parece grego. Só deu pra ver que é uma criança, ela tá na categoria mais infantil do esquema. Mas seria legal saber mais alguma coisa da menina. Afinal, Monique Rau deve ser gente fina!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006




No meu tempo, o ken tinha mais roupa, tinha topete, usava sapato, era mais branquelo, não tinha colarzinho e era mais magrelo.


Na foto: Federico (mais conhecido como KenFede) X Ken (namorado da Barbie)

domingo, 1 de janeiro de 2006

Ele me convidou para um show. Um show que eu queria muito ir, mas nao só com ele. Cada vez que me perguntava eu dava desculpas e falava que nao sabia ainda se poderia ir. Ele é um garoto muito legal. Meus amigos nao gostam dele, falam que ele é metido e meio infabntil, mas eu nao achoi nada disso, gosto dele. Porém, cada vez que ficávamos a sós eu ficava muito contrangida, nao queruia estar ali só com ele, achava que a qualquer momento ele iria dizer alguma coisa sobre ficarmos juntos e eu nao queria isso, achava que iria estragar nossa amizade ou ficaria estranho depois, sei lá. Minha vida amorosa (que eu nem sabia se existia ou nao) já estava muito complicada. Eu queria apenas um amigo. Eu tinha vários amigos, mas poderia ter mais um! Tinha medo que a nossa amizade fosse apenas um primeiro passo para ele conseguir outras coisas, achava que era um pouco de interesse e ficava assustada quando me pegava pensando nessas coisas. Queria achar que era só amizade o que ele queria, mas nao achava. Nao fui no show, nao liguei pra ele. No dia seguinte ele me tratou bem mal e falou que foi sozinho e fiou esperando que eu fosse. só disse que nao pude ir e fui embora meio triste. Talvez ele seja mesmo infantil e esnobe. Melhor nao ser nem amiga dele, so uma conversa rápida de vez em quando. Mas nem isso aconteceu mais. Nunca soube o que ele realmente queria. Eu me afastei por medo, sei que frui esgoísta, talvez pudesse etr naquele menino um verdadeiro amigo, mas isso eu nunca vou saber. Nunca saberei o que teria acontecido se tivesse tentado. Poderia me decepcionar, e preferi nao correr o risco. Ainda o vejo e apenas o cumprimento com as sombrancelhas. Melhor nao pensar mais nele.

Assunción - Paraguay

La ciudad con contrastes sociales gigantescos. La lengua que parece facil de entender, pero hablan tan rapidito que se queda muy complicado. Un polvo rojo que cubre todo pareciendo la sangre de la gente que todos los dias recorren el centro de la ciudad buscando buenas oportunidades. El ritmo de la musica és el reggaeton, parece un funkhiphopsalsa que todos bailan muy bien. El calor infernal que nos hace querer quedarnos en la pileta durante todo el dia, hasta las dos de la mañana. Las casas son tan bonitas, pero tan desorganizadas. Las calles no tienen señalización ninguna pero no tienen muchos accidentes ni trafico tampoco. Los autos son todos viejos y nadie cuida de ellos, pero son coches muy buenos. Tiendas, shoppings y restaurantes de primer mundo, pero la favela esta cada vez mayor. La embajada americana gana un espacio mayor que escuelas o sanatorios, dejando claro que los estadounidenses dominan todo en este lugar.