"arte revolucionária deve ser uma mágica capaz de enfeitiçar o homem a tal ponto que ele não mais suporte viver nesta realidade absurda" GLAUBER ROCHA
domingo, 6 de março de 2005
capítulo 4
Sem que ele percebesse, um amigo seu chegou do seu lado e levou-o para um lugar meio escondido da casa. Era um banehira e outros dois amigos seus já estavam lá. Apenas dava para ouvir a batida da música e os vidros do pequeno banheiro vibrando. Logo que fecharam a porta mostraram o objetivo de se esconderem naquele lugar: heroína. Leandro havia largado essa mania de "injetar socialmente" depois de conhecer ela. Mas agora já não tinha mais motivo para deixar esse vício de lado. Foi o primeiro. Pegou sua seringa, cada um tinha a sua em pacotinhos separados, já devidamente preparada, amarrou um elástico no braço, um pouco acima da dobrinha, enguichou o líquido opaco da seringa só para ter certeza que depois de dois anos ela não estava entupida. Parou durante alguns segundos só para ter certeza se faria aquilo novamente. Lembrou de como estava antes de conhecer ela, de como foi difícil parar. Vendeu seu carro para poder comprar mais. Mas aquela noite ele precisava. A picada foi mais dolorida do que usualmente, tinha se desacostumado com o ardor do líquido entrando em suas veias. dessamarou o elástico e esvaziou a seringa. O efeito é quase instantâneo. Abriu a porta. Seus amigos tentaram impedir que ele saísse, mas resolveram ficar para garantir um pouco do líquido para eles.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
como que eh o nome da historia?
Postar um comentário