terça-feira, 5 de julho de 2005

Admirável Mundo Novo

A filosofia mecanicista explica tudo de forma racional. Ela faz uma alusão do homem com a máquina. Compara, através de uma metáfora, o mundo com um relógio, funcionando mecanicamente. Os principais expoentes dessa filosofia foram Galileu e Descartes. Galileu juntou o experimentalismo de Bacon com o racionalismo de Descartes, explicando fatos por essa lógica.
Os acontecimentos ocorridos durante a vida de uma pessoa são explicados pelo mecanicismo como uma necessidade humana. A necessidade é o que aproxima o homem do animal, que os fazem semelhantes. Trabalho, esporte, lazer, educação, sexo, industria cultural, ciência, tecnologia, arte, evolução, progresso, família e amor são temas que podem ser explicados racionalmente, pelas vontades que o homem tem em dados momentos. Já o nascimento, morte e sentido da vida tem significados mais amplo. São conseqüências de atos exercidos pelas necessidades. A filosofia mecanicista vê as coisas como uma máquina, matéria em movimento. E a vida segue um rumo normal, com acontecimentos racionais que seguem um padrão racional de comportamento humano.
Os homens do Admirável montaram uma sociedade que julgavam perfeita. Eles fizeram das necessidades suas prioridades, dividindo-as para diferentes grupos de pessoas. Nessa sociedade não podia existir guerras, porém também não se sabia o que era o amor. Tudo era racional e automático, privando o ser de escolhas e recompensas. Cada homem dos diferentes grupos exercia sua tarefa mecanicamente.
Os habitantes do Admirável não podiam, no entanto, ter sentimentos ou opinião sobre nada. A morte era tratada friamente, e não era permitido engravidar. Os dias eram rotinas. A promiscuidade incentivada. O amor era ridicularizado. Eles viviam para fazer o “organismo” funcionar. Não tinham metas nem sonhos. Não existiam famílias também. Os bebês eram feitos em laboratórios de acordo com o que a sociedade estava precisando. Alguém que goste de trabalhar, alguém que queira pesquisar, pessoas bonitas para participar das festas, etc.
Os homens de fora do Admirável eram vistos por estes como selvagens, primitivos, menos inteligentes. John tinha valores muito diferentes aos daqueles do Admirável. Ele se permitia sentir e realizar o que sentia. Ir atrás do que sonhava. Ele não era uma máquina, que apenas funciona sem pensar no que faz, sem gostar do que faz. Ele queria viver a vida intensamente, sentir o mundo e as pessoas ao seu redor. Amar os outros e o mundo em que vivia. Fazer o que tem vontade e não fazer apenas o que é certo ou errado. Fazer escolhas usando o sentimento e não a razão.
Opondo-se ao que o mecanicismo prega, John não é apenas um integrante do sistema ajudando no seu bom funcionamento. Ele não pratica apenas suas necessidades. Ele tem vontades diferentes das essenciais que todos os outros têm. E isso faz dele um ser único. Uma pessoa diferente de todas as outras. Ele não age por instinto. Não trabalha porque precisa e transa com qualquer uma porque tem vontade naquele momento. Faz as coisas por escolha própria.

10 comentários:

Anônimo disse...

A Filosofia Mecanicista é a filosofia que mostra a vida como um ponto racional. Para ela, toda a vida tem um significado racional. René Decartes, um dos grandes filósofos da época que se indagavam a respeito da vida humana e seus “mistérios”, afirmava que é a razão que controla a nossa vida, desde um simples gestos quando recém nascidos até ações e pensamentos quando adultos. Em todos esses acontecimentos, a razão esteve presente para tomar o seu devido rumo.
Descartes criou um chamado método para tentar explicar suas teorias. O método é racionalista porque a evidência de que Descartes parte não é a evidência sensível e empírica. Os sentidos nos enganam, suas indicações são confusas e obscuras, só as idéias da razão são claras e distintas. O ato da razão que percebe diretamente os primeiros princípios é a intuição. A dedução limita-se ao veicular, ao longo das belas cadeias da razão, a evidência intuitiva das “naturezas simples”. A dedução nada mais é do que uma intuição continuada.
Uma boa comparação da vida mecanicista é uma máquina. Cada parte do corpo humano tem uma função ligada ao todo. E cada função é essencial para a continuação da funcionalidade do geral. Tudo tem sua necessidade e função. Toda a vida gira em torno de um padrão movido pela razão.

Perfeição. Era o objetivo do sistema criado pelos homens do Admirável Mundo Novo. Quando foi criado, após as ditas “guerras”, ocorreu uma revolução e os homens criaram uma nova sociedade. Tudo ali é de acordo com a razão e a necessidade. Um mundo totalmente voltado ao mecanicismo. Todos ali têm sua função como “operários” em uma fábrica, cada pessoa com sua devida tarefa, e nada mais. O chamado Funcionalismo. Esse sistema de produção seria semelhante o que hoje chama de Fordismo, onde em uma linha de montagem existem varias pessoas, cada uma faz sua função, até que no final da linha, o produto final esta pronto. Todas essas funções estão ligadas. Se uma falhar, todo o processo esta em risco.
Tubos de ensaio eram onde estavam guardados os embriões com os futuros habitantes do Admirável. As pessoas eram criadas de acordo com a necessidade instantânea. Não havia amor e nem sentimento algum. Sexo era só para satisfazer os prazeres. Não havia mãe nem pai. Ninguém era de ninguém. Era uma sociedade condicionada.

Quem morava fora do Admirável eram chamados de selvagens (ai já se percebe como eram vistos quem não participava do sistema). Selvagens, pois não pertenciam à sociedade civilizada e mecanicista. Eles viviam em aldeias, totalmente sem os requintes e luxos dos homens do Admirável e não tinham inteligência, segundo o sistema.
Quando John, o selvagem, vai para o Admirável com sua mãe, eles ficam fascinados com a facilidade encontrada. Ali é tudo fácil. Porém John estranha que não existe sentimento algum nessas pessoas. Tudo é motivado pela razão, nada é sentimental. Uma coisa que ele observa é o modo de pensar das pessoas. Ali ninguém tem que dar satisfação a ninguém. Ninguém é de ninguém. Não existem casais, famílias e nem amor.
Já onde viviam os selvagens as pessoas tinham seus valores. Existia amor e família. Eram pessoas que não aceitavam as imposições do Admirável e por isso viviam isolados do sistema. Eram livres.

Essa engenharia moderna que estudamos hoje é 100% voltada às teorias e às razões. Uma bola cai porque existe uma força que puxa. Isso é a razão, a explicação de um fato. Isso é a engenharia.
Nós estudamos para construir um prédio, se eu consigo construir esse prédio observando os princípios lógicos dessas teorias, então porque mudar isso se meu objetivo era justamente construir o prédio? Algumas pessoas chamam isso de Mecanicismo. Deram um nome pra essa lógica.
É disso que se trata o filme. No Admirável era tudo racional e funcional. Se esta faltando trabalhadores, então se cria trabalhadores. Se faltar comida, então se faz comida.
A engenharia segue esse princípio. Será que se a engenharia fosse mais emotiva em seus aspectos humanos (talvez seja isso que o filme esteja sugerindo) ela seria melhor interpretada? Melhor? Por que melhor? Melhor pra que? Eu não acho que eu devo julgar se isso é certo ou errado. Eu estou apenas apresentando como é a engenharia que estudamos.

Anônimo disse...

o meu fico melhor =)

Anônimo disse...

que picaretagem, postar o trabalho no blog pra quem não fez poder pegar. :D

mo disse...

eii...
é pra fazer um comentário, não publicar um trabalho aqui!!
hehehehe tudo bem tudo bem, dessa vez passa de graça, mas na próxima vou cobrar, afinal as milhares de visitas por dia...
ps: o meu tá muito melhor =)

Anônimo disse...

A filosofia mecanicista é muito bem ilustrada pelo filme Admirável Mundo Novo. Mas não se preocupem, eu não faço cefet por isso não vou postar meu trabalho aqui hahaha. Rodrigo: a comparação com o funcionalismo foi brilhante. Sem dúvida, o ponto auge do seu trabalho. Achei que ninguém pensaria nisso, você me surpreendeu. Mas o trabalho, em si está confuso, você fugiu muito do tema na introdução, acabou levantando questões boas mas sem fundamentação e pouco ou nada concluiu sobre elas. Ou seja, seu trabalho está razoável. Não melhor que o da Monique. De qualquer forma, gostei do que vocês escreveram. Saudades... muitas saudades. Um beijo pros dois, Mini.

Anônimo disse...

Danielle:
eiiiiiiiii!! (como faz a monique), ta dando uma de corretora de trabalhos agora?? huahuaha, eu sei q meu trabalho ta ruim mas naum precisava me contar =)
eu nunca gostei de escrever textos, eu nao sei expressar oq eu penso... na verdade eu naum escrevia desde o ultimo vestibular q eu fiz... eu ODEIO redaçaum !!!
esse foi um dos motivos pelo qual eu resolvi fazer Engenharia.

mas... estamos ai, afinal eu te surpriendi!!! huhuhuhh

e Monique:
tudo bem... na proxma pode cobrar pelo belo espaço divulgaçao q vc tem... e eu tava mentindo, o seu trabalho ta MUITOOOO melhor q o meu, a Danielle tbm concorda.


BjauM pras Duas!

Anônimo disse...

hahahaha acabei de ver seu comentario no meu blog (surpreendendo novamente haha) e respondi la... e, o da monique não tah muito melhor que o seu não... só ta mais sentimental! (por mais absurdo que isso possa parecer)

mo disse...

querem parar de falar mal do meu trabalho aí também!!!
nenhum tá melhor que o outro, são apenas formas diferentes de se expressar, de colocar no papel, sentimentos diferentes ou até semelhantes sobre o filme.
Danielle não vale ficar corrigindo, você chuta bundas em escrever e em filosofia, ainda mais quando junta os dois! =)
apesar que não me foi muito útil a sua tentativa de ajuda nesse trabalho, hahahaha mas rendeu um paragrafozinho pelo menos!

Anônimo disse...

hahahaha q comédia!! eu me divirtooo!!!

Maria disse...

O texto do blog está muito melhor... Esse Rodrigo deve ser um mané!