segunda-feira, 7 de maio de 2007

Quando se tem um objetivo é fácil!
Eu não sei onde quero chegar. Não tenho um grande sonho. E quando não se tem sonho, não se tem vontade de continuar nada. Nem de começar.
Tipo uma casona, um emprego não sei onde, um determinado carro, uma tal viagem... Qualquer coisa. Nada...
Aí perdeu o gosto. Sabe o gostinho das coisas. A conquista, passo a passo, degrauzinhos de uma escada, por aí vai. Perdi
Quando a gente é pequeno sempre pensa no futuro. Acha que a vida vai ser aquilo e tudo está certo. Não tem como dar errado. Onde foi que eu me perdi? Planos, metas, sonhos... cadê? Onde foi parar aquela vida "perfeita" que eu tinha programado pra mim mesma?
Minha mãe sempre fala que crescer é difícil, que os problemas vão aumentando. É verdade, embora eu continue não acreditando nisso. Penso que a fase que estou vivendo é a que tem mais problemas, impossível complicar mais.
Sou uma adolescente com crises existenciais e sem saber que rumo tomar. Porra, já era pra ter estabilizado, pra estar tudo certo










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Um comentário:

Anônimo disse...

Ajudaria dizer que me sinto da mesma forma que você?
Quem sabe uma pseudo crítica seja válida: analisando que seus "sonhos" são em grande parte ditados por desejos consumitas (casona, carrão)...
Assim como você me estou beirando a vida adulta. Experimentando um gosto amargo, sorvendo pequenas doses do que ,creio eu, costumam chamar de realidade. Confesso que tambem me sinto desamparado, perdido, inseguro. Mas no fundo, bem no fundinho, existe uma voz dentro de mim sussurando "a vida é boa". As coisas são boas. Que esse instinto de sobrevivência, de inquietação e desamparo é bom. Isso me faz sentir vivo e não apático. Isso faz com que meus planos mudem 20 vezes por minuto, e q eu perceba que a soberana razão pra se viver é continuar vivo. É arranjar uma forma de não enlouquecer, de ganhar dinheiro que seja, pra que se possa continuar sonhando. Pra que não se corra atrás de apenas um desejo, mas sim da eterna possibilidade de se ter mais desejos. O inconveniente dessa história é iniciar diversos projetos sem finalizar nenhum, imprimindo a (quem sabe falsa) sensação de incompetência ou falta de comprometimento.

Acabei me confundindo. Preciso de mais tempo pra pensar. Mas a inquietude persiste, gritando que a vida é boa. Quem sabe um dia agente continua essa conversa numa mesa de bar, "como fazem os bons amigos".
Bjo e bom domingo