quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Capra

Cheguei em casa e ainda fui ver uma entrevista/palestra do F. Capra (nome impronunciável) um físico, filósofo e ecologista austríaco que agora mora nos Eua. O cara manja muito de todos os assuntos, mas teve alguns tópicos mais relevantes que gostaria de comentar: primeiro o cara não tem televisão em casa, vê todas as notícias pela internet e sua filha de 18 anos, se assistiu 3 horas de tv na vida toda foi muito! Ele falou do governo Lula está muito bem internacionalmente mas diz que entende algumas decisões que ele teve que tomar (como a liberação de trangênicos) totalmente sob pressão - mas os brasileiros não conseguem entender isso! O que um pouco de conhecimento não faz com uma pessoa! Um estudo muito legal que um amigo dele fez é que 50% de combustível que o carro utiliza para se movimentar poderia ser economizado se fosse usado na fabricação do carro plástico e fibra de carbono na carcaça. E dos outros 50%, 25 poderia ser trocado pelo bio-combustível, que o Brasil está começando a produzir, e os 25% restantes seriam vindos de energia luminosa, eólica... Outro tópico super interessante foi das empresas trangênicas que mentem sobre seu real motivo. Elas pregam acabar com a fome mundial, mas não é a falta de comida que causa esse problema, e sim a desigualdade humana que existe entre as pessoas. Que as empresas transgências só visam o lucro com suas sementes patenteadas, elas impedem a troca de sementes entre os agricultores e pesquisas recentes também comprovaram que fazendas que produzem transgênicos usam muito mais pesticidas, voltando a proposta inicial dessas empresas. Uma soluçao sugerida seriam pequenas fazendas que só produzissem alimentos orgânicos para abastecer uma menor parcela da população, assim o solo continuaria fértil e pequenas comunidades seriam auto-sustentáveis. Ele propôs que como as potências já exploraram muito o Brasil sem nunca dar nada em troca e a Amazônia sendo patrimônio mundial que influencia todo o mundo, pelo menos um pedaço da dívida externa poderia ser "perdoada". Tá, isso talvez seja um pouco utópico demais! Mas e daí, quem não sonha não faz acontecer (sim, piegas, mas verídico). Vou dormir mais feliz sabendo que não sou utópica sozinha no mundo!

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