quinta-feira, 18 de novembro de 2004

piegas

Toda vez que se sentia só ela tinha vontade de gritar para todos lhe darem atenção. E sempre acontecia o contrário. Parecia um complô contra sua pessoa. Aquele dia acordara com o pé esquerdo e já tinha certeza que não deveria ter saído da cama quando brigou com a mãe e perdeu o ônibus chegando atrasada para a aula que resolveu não entrar. Estava lá, sozinha no saguão da faculdade lendo seu livro de bolso, mas com toda sua atenção nos pensamentos. Pensava como sua vida foi patética até o momento. Ela se sentia como um tripulante de um transatlantico sem previsão para aportar. Decidiu naquele momento pular e nadar. Colocar em prática suas idéias de vida e não mais passar pelos dias apenas cumprindo suas obrigações. Fechou o livro e sorriu.

Um comentário:

Anônimo disse...

gostei muito. acho que vc poderia continuá-lo. beijão, minielle.