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sexta-feira, 26 de outubro de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
sim à moda
Se for pra se vestir, que seja relevante,
que expresse algum pensamento, sentimento, ou simplismente o estado de espírito momentâneo, ainda que seja complexo;
que demonstre algum desejo, ânsia ou vontade;
que transpareça algo sobre você, seja no acessório ou na peça principal;
ou mesmo que minta,
que traduza a pessoa que você não é e nem quer ser;
que exteriorize erronemente o seu íntimo,
mas que seja relevante -
se não for assim, que sejas nu.
que expresse algum pensamento, sentimento, ou simplismente o estado de espírito momentâneo, ainda que seja complexo;
que demonstre algum desejo, ânsia ou vontade;
que transpareça algo sobre você, seja no acessório ou na peça principal;
ou mesmo que minta,
que traduza a pessoa que você não é e nem quer ser;
que exteriorize erronemente o seu íntimo,
mas que seja relevante -
se não for assim, que sejas nu.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
" O Ministro Che Guevara - Testemunho de um Colaborador"
Quinta-feira, dia 14/06, no sindicato dos engenheiros do paraná, houve uma divulgação de lançamento do livro "O Ministro Che Guevara - testemunho de um colaborador" de Tirso W. Saenz, com o autor presente, falando um pouco mais do livro.
Fui.
Cheguei atrasada, não sabia se estava no local certo e quando perguntei me informaram que o Tirso ainda não havia chego, mas estava a caminho. Aguardei.
Tirso W. Saenz é cubano, formado em Engenharia Química, trabalhou muito tempo pra Proctor & Gamble em Cuba e depois virou vice-ministro de indústrias, sendo que o ministro, nessa época, era o Ernesto Che Guevara.
O autor do livro comentou que estava a muito tempo querendo escrever este livro, pensou até no título "O che que eu conheci", mas decediu mudar para dar mais ênfase ao Che em si, demonstrando seu esforço em biografar o famoso guerrilheiro.
Quando lhe propuseram entrar na política cubana e trabalhar com indústrias, Tirso ficou um pouco assustado, pois ele sempre atuou no ramo da química apenas. Decidiu então conversar com o Che Guevara, que seria o chefe para o cargo em questão e descreveu esse primeiro encontro com palavras que eu jamais esquecerei: "seus olhos pareciam dois holofotes, tinham vida, brilhavam, ansiavam". Olhei a foto (aquela uma famosa) do Che Guevara pendurada na parede do auditório e me senti na presença dele, como se ele eativesse ali, em carne e osso.
As pessoas (me inclua na lista) já divinificaram o Che. E é sempre importante lembrar que ele tinha vida, trabalhava, tinha fraquezas, igual a todo mundo. É mais ou menos esse lado "dia-a-dia" do Ernesto que o livro traz.
Um episódio interessantíssimo que Tirso contou foi uma viagem que eles fizeram, saindo de Havana, para visitar uma indústria. O Che estava dirigindo e ele sentando no banco do passageiro. Sempre tinha que ir um carro de escolta atrás, apesar do Ministro não gostar muito. No caminho havia um pedágio pequeno, a tarifa era perto de 10 centavos. Um pouco antes de chegar no pedágio, dois veículos entraram entre a escolta e o carro que eles estavam. Che comentou que os seguranças deveriam estar furiosos, quando percebeu o que acontecia pelo retrovisor. Chegaram no pedágio e, como o Ernesto nunca carregava nenhum dinheiro, Tirso pagou os 10 centavos. Quando eles estavam arrancando, o carro de escolta veio a toda, pelo lado do pedágio, sem pagar a tarifa, para conseguir alcança-los. Che Guevara, vendo o que aconteceu, freiou imediatamente, saiu do veículo e dirigiu-se aos guarda-costas ordenando que eles voltassem e pagassem os 10 centavos. Se toda a população cubana que passava por ali tinha que pagar, eles não seriam exceção. Tinham que dar o exemplo.
O autor conta que Che Guevara sempre foi muito ético, muito disciplinado, muito estudioso, mesmo sendo tão aterefado quanto era, ele sempre arranjava tempo para cumprir seus deveres como ministro. Durante as guerrilhas, em que ele viajava muito para ajudar nas lutas, dividia as indústrias que deveriam ser visitadas pelos vice-ministros, deixava algumas tarefas e partia. Quando voltava, exigia de todos os relatórios das visitas estipuladas. Tirso contou que Che havia acabado de chegar de viagem e foi cobrar os relatórios que tinham prazo para aquele dia mesmo. Um dos vice-ministros não tinha visitado a indústria, disse que tava cheio de trabalho e não havia dado tempo para ir, e alegou que era uma indústria pequena e ele não sabia porque tinham que visitá-la. Diante disso, Che tirou do bolso do seu uniforme surrado (que usava todos os dias e era o mesmo desde sua primeira guerrilha) umas folhas de papel manuscritas e explicou que assim que chegou de viagem, antes de ir trabalhar, ele foi visitar a indústria de lápis, que havia ficado sob sua responsabilidade, e ali estava o relatório da visita. Pediu ainda desculpas por estar escrito à mão, ele realmente não havia tido tempo, mas iria datilografar assim que saísse dali. Apesar de ser uma pequenina indústria de lápis e apesar de estar em meio a uma guerra, Che cumpria com seus deveres e nunca escolhia trabalho. Dividia as indústrias que tinha que ser visitadas igualmente, por sorteio, entre todos que trabalham ali, incluindo ele mesmo.
Outra história presente no livro demonstra a humildade de Che Guevara. Já eram 4h da tarde e, devido a reuniões e tarefas que eles tinham que fazer, Ernesto e Tirso ainda não haviam almoçado e somente então conseguiram ir a um pequeno refeitório para comer. Quando chegou o prato, Tirso sorriu, era um bife enorme, ele nunca havia visto algo tão grade e suculento. Naquela época (anos 50) em Cuba não havia aquilo, a carne era escassa e era preciso economizar. Tirso olhou o prato de Che e verificou que continha exatamente a mesma coisa que o dele. Che ficou encomodado com o que viu, fez um sinal para que tirso não comesse e pediu para que levassem aquela montoeira de carne dali e trouxessem uma comida condizente com a realidade cubana. Tirso ficou desolado, estava com muita fome, mas percbeu a grandiosidade daquele ato. Notou ainda que Che não havia feito aquilo para mostrar ao povo, porque só havia um segurança, o garçom e Tirso ali no restaurante.
Che Guevara participava do racionamento de comida. Em sua casa nunca houve mais alimentos do que aqueles previstos pelo governo para toda a população cubana. Ele poderia ter mais, tinha como conseguir, mas sempre seguiu o programa. Queria viver exatamente como todos em Cuba.
Infelizmente não pude ficar até o final do debate porque tinham que terminar um trabalho de Ciências do Ambiente! Antes de ir embora tirei uma foto de Tirso, já que não tinha 35 reais para comprar seu livro e pedir para ele assinar. Queria uma recordação daquele homem de 76 anos que me cativou em apenas 10 segundos de discurso. Ele fala um portunhol com um forte sotaque cubano. Foi casado com uma mineira (já falecida). A maneira com que conta as histórias prende a atenção de todos. No início do debate, ele contou que estudou a vida toda em colégio católico, apesar de nunca ser um religioso atuante, mas desde pequeno via os comunistas como monstros com grandes dentes saindo para fora da boa que comiam criancinhas. Sempre levou essa imagem com ele, pois era assim que era ensinado no catolicismo naquela época (hoje não é muito diferente disso). Até que ele começou a se envolver com a política cubana e logo depois virou vice-ministro. E até hoje disse não ter encontrado ninguém com dentes gigantes.
Fui.
Cheguei atrasada, não sabia se estava no local certo e quando perguntei me informaram que o Tirso ainda não havia chego, mas estava a caminho. Aguardei.
Tirso W. Saenz é cubano, formado em Engenharia Química, trabalhou muito tempo pra Proctor & Gamble em Cuba e depois virou vice-ministro de indústrias, sendo que o ministro, nessa época, era o Ernesto Che Guevara.
O autor do livro comentou que estava a muito tempo querendo escrever este livro, pensou até no título "O che que eu conheci", mas decediu mudar para dar mais ênfase ao Che em si, demonstrando seu esforço em biografar o famoso guerrilheiro.
Quando lhe propuseram entrar na política cubana e trabalhar com indústrias, Tirso ficou um pouco assustado, pois ele sempre atuou no ramo da química apenas. Decidiu então conversar com o Che Guevara, que seria o chefe para o cargo em questão e descreveu esse primeiro encontro com palavras que eu jamais esquecerei: "seus olhos pareciam dois holofotes, tinham vida, brilhavam, ansiavam". Olhei a foto (aquela uma famosa) do Che Guevara pendurada na parede do auditório e me senti na presença dele, como se ele eativesse ali, em carne e osso.
As pessoas (me inclua na lista) já divinificaram o Che. E é sempre importante lembrar que ele tinha vida, trabalhava, tinha fraquezas, igual a todo mundo. É mais ou menos esse lado "dia-a-dia" do Ernesto que o livro traz.
Um episódio interessantíssimo que Tirso contou foi uma viagem que eles fizeram, saindo de Havana, para visitar uma indústria. O Che estava dirigindo e ele sentando no banco do passageiro. Sempre tinha que ir um carro de escolta atrás, apesar do Ministro não gostar muito. No caminho havia um pedágio pequeno, a tarifa era perto de 10 centavos. Um pouco antes de chegar no pedágio, dois veículos entraram entre a escolta e o carro que eles estavam. Che comentou que os seguranças deveriam estar furiosos, quando percebeu o que acontecia pelo retrovisor. Chegaram no pedágio e, como o Ernesto nunca carregava nenhum dinheiro, Tirso pagou os 10 centavos. Quando eles estavam arrancando, o carro de escolta veio a toda, pelo lado do pedágio, sem pagar a tarifa, para conseguir alcança-los. Che Guevara, vendo o que aconteceu, freiou imediatamente, saiu do veículo e dirigiu-se aos guarda-costas ordenando que eles voltassem e pagassem os 10 centavos. Se toda a população cubana que passava por ali tinha que pagar, eles não seriam exceção. Tinham que dar o exemplo.
O autor conta que Che Guevara sempre foi muito ético, muito disciplinado, muito estudioso, mesmo sendo tão aterefado quanto era, ele sempre arranjava tempo para cumprir seus deveres como ministro. Durante as guerrilhas, em que ele viajava muito para ajudar nas lutas, dividia as indústrias que deveriam ser visitadas pelos vice-ministros, deixava algumas tarefas e partia. Quando voltava, exigia de todos os relatórios das visitas estipuladas. Tirso contou que Che havia acabado de chegar de viagem e foi cobrar os relatórios que tinham prazo para aquele dia mesmo. Um dos vice-ministros não tinha visitado a indústria, disse que tava cheio de trabalho e não havia dado tempo para ir, e alegou que era uma indústria pequena e ele não sabia porque tinham que visitá-la. Diante disso, Che tirou do bolso do seu uniforme surrado (que usava todos os dias e era o mesmo desde sua primeira guerrilha) umas folhas de papel manuscritas e explicou que assim que chegou de viagem, antes de ir trabalhar, ele foi visitar a indústria de lápis, que havia ficado sob sua responsabilidade, e ali estava o relatório da visita. Pediu ainda desculpas por estar escrito à mão, ele realmente não havia tido tempo, mas iria datilografar assim que saísse dali. Apesar de ser uma pequenina indústria de lápis e apesar de estar em meio a uma guerra, Che cumpria com seus deveres e nunca escolhia trabalho. Dividia as indústrias que tinha que ser visitadas igualmente, por sorteio, entre todos que trabalham ali, incluindo ele mesmo.
Outra história presente no livro demonstra a humildade de Che Guevara. Já eram 4h da tarde e, devido a reuniões e tarefas que eles tinham que fazer, Ernesto e Tirso ainda não haviam almoçado e somente então conseguiram ir a um pequeno refeitório para comer. Quando chegou o prato, Tirso sorriu, era um bife enorme, ele nunca havia visto algo tão grade e suculento. Naquela época (anos 50) em Cuba não havia aquilo, a carne era escassa e era preciso economizar. Tirso olhou o prato de Che e verificou que continha exatamente a mesma coisa que o dele. Che ficou encomodado com o que viu, fez um sinal para que tirso não comesse e pediu para que levassem aquela montoeira de carne dali e trouxessem uma comida condizente com a realidade cubana. Tirso ficou desolado, estava com muita fome, mas percbeu a grandiosidade daquele ato. Notou ainda que Che não havia feito aquilo para mostrar ao povo, porque só havia um segurança, o garçom e Tirso ali no restaurante.
Che Guevara participava do racionamento de comida. Em sua casa nunca houve mais alimentos do que aqueles previstos pelo governo para toda a população cubana. Ele poderia ter mais, tinha como conseguir, mas sempre seguiu o programa. Queria viver exatamente como todos em Cuba.
Infelizmente não pude ficar até o final do debate porque tinham que terminar um trabalho de Ciências do Ambiente! Antes de ir embora tirei uma foto de Tirso, já que não tinha 35 reais para comprar seu livro e pedir para ele assinar. Queria uma recordação daquele homem de 76 anos que me cativou em apenas 10 segundos de discurso. Ele fala um portunhol com um forte sotaque cubano. Foi casado com uma mineira (já falecida). A maneira com que conta as histórias prende a atenção de todos. No início do debate, ele contou que estudou a vida toda em colégio católico, apesar de nunca ser um religioso atuante, mas desde pequeno via os comunistas como monstros com grandes dentes saindo para fora da boa que comiam criancinhas. Sempre levou essa imagem com ele, pois era assim que era ensinado no catolicismo naquela época (hoje não é muito diferente disso). Até que ele começou a se envolver com a política cubana e logo depois virou vice-ministro. E até hoje disse não ter encontrado ninguém com dentes gigantes.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
é engraçado...
... e até me divirto com absurdos do cotidiano:
pessoas envergonhadas
burocracias
trânsito
celular
filmes horríveis que todo mundo quer assistir
preocupação com roupas
brigas
compras
abuso do poder
cumprimento de ordens
política
shopping centers
futebol
ONG´s
vício em computador
música porcaria que vira moda
novelas
religião
Veja
criticar os outros
mandar em alguém
nike shox
desinteresse por assuntos do seu interesse
aquecimento global
salto alto
pessoas irritadas
preocupação com opinião alheia
moda
Globo
e-mail
relações humanas
falsidade
hipocrisia
preconceito
medo de discussões
não participação às atividades de seu interesse
vontade de ter muito dinheiro
Blog...
pessoas envergonhadas
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trânsito
celular
filmes horríveis que todo mundo quer assistir
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segunda-feira, 7 de maio de 2007
Quando se tem um objetivo é fácil!
Eu não sei onde quero chegar. Não tenho um grande sonho. E quando não se tem sonho, não se tem vontade de continuar nada. Nem de começar.
Tipo uma casona, um emprego não sei onde, um determinado carro, uma tal viagem... Qualquer coisa. Nada...
Aí perdeu o gosto. Sabe o gostinho das coisas. A conquista, passo a passo, degrauzinhos de uma escada, por aí vai. Perdi
Quando a gente é pequeno sempre pensa no futuro. Acha que a vida vai ser aquilo e tudo está certo. Não tem como dar errado. Onde foi que eu me perdi? Planos, metas, sonhos... cadê? Onde foi parar aquela vida "perfeita" que eu tinha programado pra mim mesma?
Minha mãe sempre fala que crescer é difícil, que os problemas vão aumentando. É verdade, embora eu continue não acreditando nisso. Penso que a fase que estou vivendo é a que tem mais problemas, impossível complicar mais.
Sou uma adolescente com crises existenciais e sem saber que rumo tomar. Porra, já era pra ter estabilizado, pra estar tudo certo
.
Eu não sei onde quero chegar. Não tenho um grande sonho. E quando não se tem sonho, não se tem vontade de continuar nada. Nem de começar.
Tipo uma casona, um emprego não sei onde, um determinado carro, uma tal viagem... Qualquer coisa. Nada...
Aí perdeu o gosto. Sabe o gostinho das coisas. A conquista, passo a passo, degrauzinhos de uma escada, por aí vai. Perdi
Quando a gente é pequeno sempre pensa no futuro. Acha que a vida vai ser aquilo e tudo está certo. Não tem como dar errado. Onde foi que eu me perdi? Planos, metas, sonhos... cadê? Onde foi parar aquela vida "perfeita" que eu tinha programado pra mim mesma?
Minha mãe sempre fala que crescer é difícil, que os problemas vão aumentando. É verdade, embora eu continue não acreditando nisso. Penso que a fase que estou vivendo é a que tem mais problemas, impossível complicar mais.
Sou uma adolescente com crises existenciais e sem saber que rumo tomar. Porra, já era pra ter estabilizado, pra estar tudo certo
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sexta-feira, 30 de março de 2007
Empty vase
Quando sento no computador não consigo sentir nada. Fico um poço vazio, sem opiniões, sem constatações sobre o que vejo e leio. Por isso não consigo escrever! A tela tenta reproduzir as cores reais e vivas do mundo lá fora, mas não chega nem aos pés da vida real. O virtual não me encanta, apesar de passar horas na frente dessa máquina.
Alerta: o computador causa dependência e é prejudicial à saúde.
Alerta: o computador causa dependência e é prejudicial à saúde.
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
mensagem enviada ao Detran/PR
Olá!
Meu nome é Monique Rau, tenho 20 anos e sou estudante de engenharia da Produção Civil na UTFPR. Gostaria de expressar aqui meu sentimento de revolta e impotência perante os orgãos públicos, principalmente aos relacionados ao trânsito.
Apesar de ser motorista a pouco mais de dois, já pude presenciar fatos que me indignaram. Posso dizer que sou uma motorista defensiva, sou daquelas que coloco em prática tudo o que aprendi nas aulas teóricas da auto-escola e sempre insisto para que as pessoas que eu conheço façam o mesmo.
Vou, primeiramente, expor o acontecimento que me levou a escrever esta mensagem. Precisava ir até o centro hoje pega um visto para uma viagem que farei no dia 26 de Dezembro. Amanhã eu vou viajar para a casa da minha vó passar o Natal com a minha família e de lá vou direto para o exterior, retornando apenas no começo de Março. Por volta de 11:30 saí de casa unicamente para pegar o visto na Rua XV. Após rodar várias quadras procurando alguma vaga disponível, consegui estacionar o carro na André de Barros, distante 8 quadras do local que eu precisava ir. Enquanto procurava vagas, vi inúmeros carros estacionados em locais proibidos, tais como: próprio para motos, embarque e desembarque, exclusivo para veículos oficiais, pontos de taxi, carga e descarga etc. Estacionei, comprei um estar por R$1,20 - porque nunca encontro nenhum guarda de trânsito para comprar pelo preço oficial - e saí. Retornei após 20 minutos (15 de caminhada e 5 para resolver o que eu precisava) e encontrei em meu carro um aviso de notificação. Há dois meses atrás uma história muito similar a essa aconteceu comigo, o aviso de notificação dizia que o horário do cartão estava errado. Mesmo me sentindo extremamente injustiçada (pois o meu relógio é 10 minutos adiantado e recebi a advertência mesmo utilizando muito menos do que a uma hora do cartão), paguei os R$7,50 e resolvi não recorrer pois aquela história toda já havia me trazido muito transtorno. Porém, dessa vez a notificação era da ausência do número da placa no cartão do Estar. Com toda a confusão do trânsito e a pressa em resolver logo minha pendência e retornar para casa, havia esquecido de preencher a lacuna de identificação da placa. Sei que isso foi erro meu, que eu deveria preencher o cartão corretamente, mas parei e comecei a pensar na importância desse campo do cartão: eu poderia utilizar menos do que a uma hora da qual tenho direito e repassar o cartão para outra pessoa, com outro carro utilizar o resto do tempo estacionado com o mesmo cartão. O que decidi fazer então foi procurar uma guarda para mostrar que eu não iria dar o cartão para ninguém e que ela poderia retirar a notificação. O horário do início do cartão era 12:00 e ainda eram 12:30, dessa forma conseguiria comprovar que apenas o meu carro utilizou o cartão. Demorei muito para encontrar a oficial responsável e supliquei para que ela entendesse minha situação e fosse maleável. Ela me disse que também não concorda com diversas regras, que gostaria de poder me ajudar, mas que se o superior dela soubesse, ela que seria prejudicada. É sempre a mesma história: "não posso fazer ada por você, as ordens vem de cima e eu tenho que cumprir". Ninguém nunca pode ajudar ninguém, ONDE ESTÁ O RESPONSÁVEL? Posso então falar com o seu superior e pedir pra ele me ajudar? Todos os profissionais têm autonomia para tomar certas decisões que lhes parecem cabíveia à algumas situações, mas eles não o fazem - não sei se por medo ou por pura comodidade. Tenho certeza que se eu fosse alguém de destaque, parente de alguém importante, ela daria um jeito (sempre há um jeito) de cancelar a notificação. Mas aqui no Brasil as coisas funcionam assim: a lei não cabe à todos, sempre tem os que se safam dela.
Resolvi ir direto na URBS da rodoviária, tentar procurar alguém que pudesse fazer alguma coisa. O que eu encontrei foi o desfecho mais inesperado da minha história, e serviu apenas para me indignar mais: estava fechada! É tipico do serviço público, eles sabem que precisamos deles, portanto não estão nem aí para ajudar os outros, "eles que venham até nós quando nós pudermos". Eu estudo em uma universidade pública e tenho muito contato com serviçoes do governo e posso falar com toda convicção que são poucos os que realmente querem te ajudar. A maioria te vê como um PROBLEMA e não como um cliente. Apesar de ser gratuito, somos clientes dos serviços públicos e temos todo o direito de sermos bem atendidos. Eu, e todos os cidadões de curitiba, sabemos que existem diversas pessoas fazendo coisas erradas no trânsito o tempo todo (furando sinal, buzinando por coisas inúteis, estacionando em locais proibidos, fazendo conversões proibidas...) e nada acontece com elas: onde está a fiscalização nessas horas? Sabemos também que o roubo de carros e furto de pertences que estã no interior do carro aumenta a cada dia : onde está a fiscalização? Acidentes de trânsito que matam inocentes porque o motorista de um veículo estava bêbado, não possuía habilitação ou porque é imprudente, mas onde está a fiscalização para isso? Não é justo os inocentes SEMPRE pagarem pelos culpados. Tem de haver uma tolerância aos que cometem pequenos deslizes que não causam dano algum. É preciso localizar os reais focos de imprudência que possa vir a perturbar o bom funcionamento da cidade.
O que se percebe é que os funcionários públicos têm uma imensa má vontade de ajudar o povo, com raras exeções (que me desculpem pela mensagem ligeiramente grosseira).
Aguardo um posicionamento de vocês.
Atenciosamente,
Monique Rau
Meu nome é Monique Rau, tenho 20 anos e sou estudante de engenharia da Produção Civil na UTFPR. Gostaria de expressar aqui meu sentimento de revolta e impotência perante os orgãos públicos, principalmente aos relacionados ao trânsito.
Apesar de ser motorista a pouco mais de dois, já pude presenciar fatos que me indignaram. Posso dizer que sou uma motorista defensiva, sou daquelas que coloco em prática tudo o que aprendi nas aulas teóricas da auto-escola e sempre insisto para que as pessoas que eu conheço façam o mesmo.
Vou, primeiramente, expor o acontecimento que me levou a escrever esta mensagem. Precisava ir até o centro hoje pega um visto para uma viagem que farei no dia 26 de Dezembro. Amanhã eu vou viajar para a casa da minha vó passar o Natal com a minha família e de lá vou direto para o exterior, retornando apenas no começo de Março. Por volta de 11:30 saí de casa unicamente para pegar o visto na Rua XV. Após rodar várias quadras procurando alguma vaga disponível, consegui estacionar o carro na André de Barros, distante 8 quadras do local que eu precisava ir. Enquanto procurava vagas, vi inúmeros carros estacionados em locais proibidos, tais como: próprio para motos, embarque e desembarque, exclusivo para veículos oficiais, pontos de taxi, carga e descarga etc. Estacionei, comprei um estar por R$1,20 - porque nunca encontro nenhum guarda de trânsito para comprar pelo preço oficial - e saí. Retornei após 20 minutos (15 de caminhada e 5 para resolver o que eu precisava) e encontrei em meu carro um aviso de notificação. Há dois meses atrás uma história muito similar a essa aconteceu comigo, o aviso de notificação dizia que o horário do cartão estava errado. Mesmo me sentindo extremamente injustiçada (pois o meu relógio é 10 minutos adiantado e recebi a advertência mesmo utilizando muito menos do que a uma hora do cartão), paguei os R$7,50 e resolvi não recorrer pois aquela história toda já havia me trazido muito transtorno. Porém, dessa vez a notificação era da ausência do número da placa no cartão do Estar. Com toda a confusão do trânsito e a pressa em resolver logo minha pendência e retornar para casa, havia esquecido de preencher a lacuna de identificação da placa. Sei que isso foi erro meu, que eu deveria preencher o cartão corretamente, mas parei e comecei a pensar na importância desse campo do cartão: eu poderia utilizar menos do que a uma hora da qual tenho direito e repassar o cartão para outra pessoa, com outro carro utilizar o resto do tempo estacionado com o mesmo cartão. O que decidi fazer então foi procurar uma guarda para mostrar que eu não iria dar o cartão para ninguém e que ela poderia retirar a notificação. O horário do início do cartão era 12:00 e ainda eram 12:30, dessa forma conseguiria comprovar que apenas o meu carro utilizou o cartão. Demorei muito para encontrar a oficial responsável e supliquei para que ela entendesse minha situação e fosse maleável. Ela me disse que também não concorda com diversas regras, que gostaria de poder me ajudar, mas que se o superior dela soubesse, ela que seria prejudicada. É sempre a mesma história: "não posso fazer ada por você, as ordens vem de cima e eu tenho que cumprir". Ninguém nunca pode ajudar ninguém, ONDE ESTÁ O RESPONSÁVEL? Posso então falar com o seu superior e pedir pra ele me ajudar? Todos os profissionais têm autonomia para tomar certas decisões que lhes parecem cabíveia à algumas situações, mas eles não o fazem - não sei se por medo ou por pura comodidade. Tenho certeza que se eu fosse alguém de destaque, parente de alguém importante, ela daria um jeito (sempre há um jeito) de cancelar a notificação. Mas aqui no Brasil as coisas funcionam assim: a lei não cabe à todos, sempre tem os que se safam dela.
Resolvi ir direto na URBS da rodoviária, tentar procurar alguém que pudesse fazer alguma coisa. O que eu encontrei foi o desfecho mais inesperado da minha história, e serviu apenas para me indignar mais: estava fechada! É tipico do serviço público, eles sabem que precisamos deles, portanto não estão nem aí para ajudar os outros, "eles que venham até nós quando nós pudermos". Eu estudo em uma universidade pública e tenho muito contato com serviçoes do governo e posso falar com toda convicção que são poucos os que realmente querem te ajudar. A maioria te vê como um PROBLEMA e não como um cliente. Apesar de ser gratuito, somos clientes dos serviços públicos e temos todo o direito de sermos bem atendidos. Eu, e todos os cidadões de curitiba, sabemos que existem diversas pessoas fazendo coisas erradas no trânsito o tempo todo (furando sinal, buzinando por coisas inúteis, estacionando em locais proibidos, fazendo conversões proibidas...) e nada acontece com elas: onde está a fiscalização nessas horas? Sabemos também que o roubo de carros e furto de pertences que estã no interior do carro aumenta a cada dia : onde está a fiscalização? Acidentes de trânsito que matam inocentes porque o motorista de um veículo estava bêbado, não possuía habilitação ou porque é imprudente, mas onde está a fiscalização para isso? Não é justo os inocentes SEMPRE pagarem pelos culpados. Tem de haver uma tolerância aos que cometem pequenos deslizes que não causam dano algum. É preciso localizar os reais focos de imprudência que possa vir a perturbar o bom funcionamento da cidade.
O que se percebe é que os funcionários públicos têm uma imensa má vontade de ajudar o povo, com raras exeções (que me desculpem pela mensagem ligeiramente grosseira).
Aguardo um posicionamento de vocês.
Atenciosamente,
Monique Rau
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